Vinho não é Coca-Cola
Vinho não é Coca-Cola!!!
Observando o título parece coisa de doido, mas a colocação pode ser considerada meramente como uma sátira no que diz respeito a duas bebidas que, depois da água, sejam as mais conhecidas no planeta.
Tão conhecidas no mundo, cercadas de algumas coincidências, ambas seguem firmes e fortes, o vinho, bem mais antigo, cujo primeiro relato se dá na vida de Noé, quando após o dilúvio, o próprio se tornou agricultor e plantou uma vinha. Talvez por acidente, após uma colheita, descobriu o vinho, aonde ele se embriagou com o produto que fizera. Esse relato pode ser antigo, pois se trata de um fato que ocorrera a milhares de séculos, porém nos serve de base para observarmos o quão importante o vinho se tornou a partir de então, como um requisito básico para encontros sociais e celebrações que aconteceram ao longo de vários anos e ainda ocorre até os dias de hoje.
Séculos mais tarde, mais precisamente no século XIX, surge em Atlanta, capital da Geórgia nos Estados Unidos, a descoberta de um farmacêutico que resolveu inventar um xarope para problemas de ingestão, assim no dia 08 de maio de 1886, nasce a fórmula da bebida mais famosa do mundo, a Coca-Cola. A marca foi patenteada em 27 de março de 1946.
Podemos dizer que ambas as bebidas foram descobertas por acaso, embora em épocas e situações distintas, é difícil encontrar alguém que não as conheça ou que não as tenha provado, pois tanto uma como a outra atravessou gerações e seguem firmes e fortes.
A Coca-Cola Company situada em Atlanta é, sem a menor dúvida uma das marcas mais famosas em todo o mundo, podemos dizer que parte do seu sucesso está atrelado à fama que esta marca logrou, pois em pouco mais de um século ela se espalhou nos quatro cantos do mundo, possuindo o mesmo gosto, mesmo cheiro e, na maioria das vezes a mesma sensação de satisfação nos seus fãs e consumidores.
Afinal, qual o sentido do título então???
O sucesso do vinho no mundo não está atrelado à marca, embora na atualidade existam rótulos que se perpetuaram ao longo dos anos, tornando-se uma referência de qualidade, mas o intuito de degustar um vinho sempre esteve ligado aos encontros sociais, festividades, refeições e conquistas bélicas, como o próprio Napoleão Bonaparte disse a respeito do Champagne: “Nas vitórias é merecido, nas derrotas é necessário”.
Nem sempre podemos associar o vinho ao seu rótulo como símbolo de alguma vanglória, mas se fazemos dele companheiro de uma refeição cotidiana ou alguma harmonização, é sinal que fomos abençoados com saúde para realizar este nobre momento, da mesma forma se o fazemos em alguma celebração natalícia, matrimonial ou em alguma conquista, não mais bélica, mas de ordem pessoal ou familiar.
Quem olha um rótulo de uma garrafa de Coca-Cola, já associa a uma bebida cuja qualidade está garantida, talvez não ocorra isso com um vinho, porém a referida bebida da terra do Tio Sam obedece na íntegra a receita (até hoje um segredo) independente do país que a produza.
Já um vinho, ainda que obedecendo o mais diversos métodos de execução ou elaboração, deve-se levar em conta o clima, o solo, a altitude, índices pluviométricos do seus respectivos países de origem, os quais vão lhes proporcionar as mais diversas sensações e opiniões em seus apreciadores.
Samuel Prado Sommelier
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